segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Quem é culpado pela greve na educação pública no RS!? Quem a sociedade deve cobrar!? Motivos para a greve do magistério:




-Professores(as) e funcionários(as) de escolas, com salários parcelados há dois anos.

-Governo Sartori-PMDB pagou apenas neste mês a última parcela do 13º do ano passado.

-Governo-Sartori-PMDB deve aos professores(as) e funcionários(as)!

-Os salários do magistério estão congelados (sem reajuste) até o final de 2018, sendo que o governo deseja estender o congelamento até 2020; enquanto isso aumenta a inflação no país, aumenta preço do gás de cozinha, aumenta gasolina, aumenta o preço de vários alimentos, aumenta preço da luz, aumenta preço da conta de água...

-Escolas sucateadas e que não recebem verbas adequadas para merenda escolar e reparos em suas estruturas.

-Banrisul corroendo o pouco dinheiro dos professores (as) e funcionários (as) com altos juros sobre parcelas de empréstimos que muitos precisaram pegar para saírem do vermelho (e voltarem a tal situação devido aos parcelamentos).

-Professores (as) recebem menos da metade do auxílio moradia de juízes. O salário de um professor com 20h é de menos de 1400 reais e o de um professor com 40h é de menos de 2600 reais (para chegar a 40 h efetivas o professor precisa fazer dois concursos extremamente concorridos).

-Muitos professores com 40h trabalham com mais de vinte turmas (com cerca de 25 alunos em média por turma), sendo que o governo vem pressionando as escolas (por intermédio das Cres) para que sejam realizadas “enturmações”(colocar mais alunos em uma mesma sala e fechar outras turmas) o que já provocou no ano passado o remanejo de muitos professores os quais, para fecharem carga horária, precisam hoje trabalhar em mais de uma escola (duas ou até três).

-Professores(as) estão empobrecendo, com contas acumuladas, pois, o salário atrasado e parcelado faz com que se acumulem juros sobre as contas de cada mês que , também, acabam infelizmente por serem pagas com atraso dada a situação.

-O governo Sartori-PMDB não respeita a lei do piso nacional do magistério.

-O governo Sartori-PMDB ameaça fechar escolas e turmas.

-O governo Sartori-PMDB mente para a população gaúcha : o RS deixa de arrecadar mensalmente mais de 7 bilhões em impostos por conta da sonegação realizada por grandes empresas e bancos (muitas dessas as quais financiaram campanhas dos partidos que estão no governo, por meios lícitos e ilícitos); o governo Sartori concede isenções às grandes empresas que chegam a somar mais de 9 bilhões; o governo diz que não tem dinheiro em caixa , mas, só em 2016 foram detectados dois bilhões no caixa do Estado que o governo não divulga (auditoria realizada pelo Sintergs); o governo gastou só em 2016 mais de 3 milhões em publicidade (sendo a maior parte para a RBS-ZH, empresa que deve milhões em impostos); em 2016 o governo Sartori-PMDB gastou mais de 9 milhões em passagens para cargos de confiança; quando Sartori assumiu o governo assinou o aumento do próprio salário e de deputados e secretários, sendo que contratou sua própria esposa para uma secretaria (recebendo salário como deputada); o RS perde mais de 48 bilhões com a lei Kandir e o governo nada faz para reverter a situação; o governo mente sobre  como estão as contas do Estado e até mesmo o governo federal (que é composto pelos mesmos partidos que controlam o governo no RS) reconheceu a mentira, sendo que os dados oferecidos pelo governo do RS já foram rejeitados pelo tribunal de contas como “não correspondendo à realidade”.

-O projeto dos partidos que estão no governo no RS (PMDB-PP-PSDB-DEM-SOLIDARIEDADE-PRB-PV-PSB-PPS , etc) é o de sabotar os serviços públicos no RS (serviços que servem a maior parte da população, classe trabalhadora) para abrir espaço para a iniciativa privada (empresas que patrocinaram os partidos no poder) explorar esses serviços “abandonados pelo Estado” como se fossem meros “nichos de mercado”, privatizando as estatais que restam (e que ainda geram lucros).

A educação pública é fundamental para o desenvolvimento cultural, humano, político, social, econômico e tecnológico de uma sociedade, se há dinheiro para investir na educação pública por qual motivo tal não é feito? O projeto dos partidos que estão no poder no RS e no governo federal é sabotar os serviços públicos e impedir o desenvolvimento da população trabalhadora, impedir que a classe trabalhadora se torne mais esclarecida e forte; essas forças políticas atuam seguindo interesses de grandes empresas, bancos e grandes latifundiários que sonegam bilhões e que desejam lucrar à custa do sofrimento da maior parte da população!

A educação pública serve aos filhos das famílias da classe trabalhadora e por esse motivo vem sendo tão atacada com frequência por governos que representam os interesses de bancos e grandes empresas sonegadoras que vivem da exploração da força de trabalho e esforço da maior parte da população.

A sociedade precisa compreender o que está por trás de todo este embate e somar forças contra os reais inimigos e sabotadores que estão no poder!


Professor Paulo Vinícius

(Santa Maria-RS/2017) 

sábado, 25 de novembro de 2017

Como operacionalizar o Comando Estadual de greve Aberto do CPERS .

Proposta para operacionalizar o Comando Estadual de Greve Aberto do CPERS

Sindicato.1. Quem participa?
- Os Comandos de greve aberto dos 42 núcleos devem estar conectados ao Comando Estadual, pois nestes comandos estão representados todos que tem disposição para a luta (ou seja, todas as forças, bem como as que já estão representadas no atual comando, os representantes de escolas, a base da categoria), com direito a voz e voto. A participação da base se dará via comando do núcleo ou via presencial na sede do Comando Estadual.
2. Como organizar as reuniões? - Utilizar tecnologias que oportunizem participação em tempo real, semelhante conferência on-line, para todas as sedes dos núcleos (onde as reuniões não serão gravadas, apenas transmitidas). 3. Critérios de segurança: - Não poderá ser usado celulares, tablets e outros equipamentos tecnológicos de acesso a internet, bem como gravações que possam dar acesso a reunião. - Identificar o participante da reunião. - Participa quem é da categoria. 4. Quantidade de falas? - A ser definida pela mesa da reunião, fazendo uma média pelos presentes e respeitando, principalmente, as propostas divergentes. 5. Como se dará encaminhamento de propostas? - Receber e ler todas as propostas, procurar a síntese e o consenso. - Nas propostas com divergência abre-se uma defesa a favor e outra contra colocando em votação. 6. Onde será a sede de transmissão? - A sede de transmissão será em Porto Alegre. - Garantir que integrantes dos Comandos de Greve dos Núcleos possam participar pessoalmente das reuniões do Comando Estadual na sede de transmissão, com direito a voz e voto, bem como o núcleo deverá custear suas despesas. - Na sede de transmissão será permitido a entrada de participantes da categoria através de senhas conforme a capacidade do local, bem como utilizando os critérios de segurança e garantindo a participação dos integrantes dos núcleos do interior e capital.
Construção pela Base MAR - Movimento Autonomia e Revolução

Propostas para a prática do Comando de Greve Aberto no CPERS sindicato.


Propostas para a prática do Comando de Greve Aberto no CPERS (no intuito de democratizar ainda mais o sindicato).


-Garantir que integrantes dos Comandos de Greve dos Núcleos possam participar pessoalmente das reuniões do Comando Estadual, com direito a palavra e voto.
-Os Comandos dos Núcleos devem ser abertos, garantindo participação de independentes (apenas filiados, obviamente, ao CPERS).
-Filmar e transmitir, em tempo real, as reuniões do Comando Estadual para as sedes de Núcleos, garantindo palavra aos integrantes dos Comandos locais que possam interferir nas reuniões do Comando Estadual e que sejam realmente ouvidos com peso de decisão; isso deve ser realizado de forma organizada e apenas para comunicação interna do sindicato entre Comandos. (Cada núcleo sintetiza as falas dos presentes em suas sedes e manda a mensagem para Porto Alegre em tempo real; porém, se algum filiado no núcleo quiser se pronunciar, terá direito a voz, sendo que nos núcleos, em seus comandos, as decisões enviadas para o Comando Estadual devem ser votadas entre seus integrantes).
-Na reunião do Comando Estadual, após os integrantes dos Comandos de Núcleo da capital e do interior entrarem no local, deve ser garantido que professores (as), funcionários(as), aposentados (as), independentes (da base da categoria) filiados ao sindicato , que queiram participar, tenham prioridade e que se liberem senhas para resolver o problema caso ocorra lotação.
-Durante as reuniões dos Comandos em contato com o Comando Estadual, não devem ser permitidos celulares ou outros equipamentos para gravação, apenas o que será usado para a ligação entre comandos.
-A tecnologia será usada exclusivamente para comunicação interna sem a necessidade de gravação da reunião, apenas transmissão.
-Assembleias Gerais de mobilização (ou grandes plenárias com participação de todos os núcleos) em núcleos estratégicos do interior, para pressionar a base eleitoral dos partidos que estão no governo e dos deputados estaduais); garantindo a fala de integrantes dos Comandos de greve locais nesses encontros e dos representantes de escola e base.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017.

Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017.

A GREVE CONTINUA! FORA PMDB E ALIADOS!



Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017. A GREVE CONTINUA! FORA PMDB E ALIADOS! -Apesar da maioria das correntes que se pronunciaram no conselho geral (e no próprio comando de greve) terem defendido o final da greve, uma relevante parcela combativa da categoria votou pela continuidade (repetindo o resultado da assembleia do dia 10 passado, a qual foi menor , pois, marcada “às pressas” e em dia que deveria ter sido dedicado para uma paralisação nacional); tal demonstra que não são correntes “x” ou “y” que “conduziram” sozinhas o resultado, mas, sim que há um número significativo de professores(as) e funcionários(as) determinados a enfrentarem sim o governo. -O número de pessoas em assembleia foi maior do que o da assembleia do dia 10 e semelhante a assembleias anteriores que aconteceram no mesmo local e que deflagraram greves. -Novamente lideranças de correntes da direção e da “suposta oposição” liberaram dados “equivocados” (no intuito de desanimarem a categoria e convencerem o público presente de que a greve deveria acabar) diante das câmeras da RBS e outras emissoras de televisão e rádio; informações que certamente serão novamente usadas pelos inimigos da categoria contra nossa mobilização. -A assembleia deveria ser aberta apenas para sócios e observadores convidados e jamais para integrantes de parte da imprensa que constantemente nos atacam. Se a mídia deseja falar sobre as assembleias da categoria que espere do lado de fora o resultado final e um pronunciamento oficial do sindicato ou do comando de greve. -Apenas integrantes de correntes tiveram tempo de fala e não foram abertas inscrições para a base da categoria, isso foi uma escolha autoritária por parte da Direção e do Comando de greve. -Propostas do conselho geral soaram como deboche ou no mínimo incoerentes, pois, defendiam “finalizar a greve, mas, manter a luta”, “levar trinta mil pessoas para um ato dia x, na capital” (sendo que desejavam o final da greve e não se esforçaram para tal durante o processo de mobilização) “acampar na praça na frente da assembleia legislativa” (como fazer isso se a greve tivesse acabado?). -Se metade do esforço gasto por lideranças que atuam na capital (e estão no comando de greve) fosse dirigido para fortalecer a mobilização para a greve e não para tentar sabotá-la, certamente hoje teríamos uma greve ainda mais forte. -Motivos para manter a greve existem de sobra (salários congelados até o fim de 2018, salários atrasados e parcelados a quase dois anos, ameaça do “ajuste fiscal” que pode congelar os salários de todo funcionalismo até 2020 e privatizar estatais que restam, categoria empobrecendo, escolas sucateadas, ameaças ao IPE, ameaças de fechamento de turmas e escolas...), agora cabe a todos, ainda engajados neste processo, e principalmente aos comandos regionais e estadual, fazerem o possível para realizarem os pontos da pauta de mobilização aprovados em assembleia e fortalecer a greve. -A abertura do comando de greve para a base da categoria, com a aprovação de uma proposta defendida ao final da assembleia, foi um grande avanço, algo extremamente positivo para o fortalecimento da participação da base da categoria nos rumos que o sindicato deve tomar, podendo realmente (se a proposta for respeitada e considerada com atenção) democratizar mais o CPERS, enfraquecendo negativas hierarquias de poder. -É possível facilitar a participação da base no interior nas decisões do “comando estadual de greve”, se as reuniões do comando forem filmadas e transmitidas “em tempo real” para as sedes de núcleos onde se reúnem os respectivos “comandos regionais” abertos para representantes de escola e base poderem mandar sugestões e votarem em propostas “on line” durante essas reuniões (jamais abrir isso para o público em geral na internet - como foi feito na assembleia do dia 10- mas, usar as tecnologias que temos acesso hoje, para realizar com segurança a comunicação interna); algo fácil de ser realizado com um pouco de dedicação e organização). -A realização de assembleias gerais de mobilização (ou grandes plenárias envolvendo todos os núcleos) em núcleos estratégicos do interior, é algo fundamental para fortalecer a greve em outras regiões do Estado e mexer com as bases eleitorais dos partidos que estão no governo e de deputados estaduais. -O óbvio precisa ser repetido para a sociedade: o governo Sartori-PMDB mente, parcela e congela salários por “pura maldade”, seguindo um projeto de destruição dos serviços públicos ( com apoio de parte da mídia privada de massa e sob orientação de grandes empresas sonegadoras). Se estudantes estão perdendo aulas a culpa é do governo que nada faz para cobrar as empresas que sonegam e ainda libera isenções bilionárias, insistindo em atacar os trabalhadores em educação e demais funcionários públicos, prejudicando serviços essenciais para a população do RS! -Não podemos deixar que lideranças de correntes que desejam frear a luta, ou colegas que não compreenderam a gravidade da situação a qual estamos presenciando no RS e Brasil, puxem a mobilização da categoria para baixo; é preciso sempre tomar como referência a parcela mais combativa da categoria que mantém o embate contra o governo. -Importante sempre lembrar que a luta pela educação pública é fundamental na luta dos(as) trabalhadores(as). Professor Paulo Vinícius Santa Maria-RS (no 2° Núcleo do CPERS) M.A.R. (www.mardaliberdade.blogspot.com)