segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Quem é culpado pela greve na educação pública no RS!? Quem a sociedade deve cobrar!? Motivos para a greve do magistério:




-Professores(as) e funcionários(as) de escolas, com salários parcelados há dois anos.

-Governo Sartori-PMDB pagou apenas neste mês a última parcela do 13º do ano passado.

-Governo-Sartori-PMDB deve aos professores(as) e funcionários(as)!

-Os salários do magistério estão congelados (sem reajuste) até o final de 2018, sendo que o governo deseja estender o congelamento até 2020; enquanto isso aumenta a inflação no país, aumenta preço do gás de cozinha, aumenta gasolina, aumenta o preço de vários alimentos, aumenta preço da luz, aumenta preço da conta de água...

-Escolas sucateadas e que não recebem verbas adequadas para merenda escolar e reparos em suas estruturas.

-Banrisul corroendo o pouco dinheiro dos professores (as) e funcionários (as) com altos juros sobre parcelas de empréstimos que muitos precisaram pegar para saírem do vermelho (e voltarem a tal situação devido aos parcelamentos).

-Professores (as) recebem menos da metade do auxílio moradia de juízes. O salário de um professor com 20h é de menos de 1400 reais e o de um professor com 40h é de menos de 2600 reais (para chegar a 40 h efetivas o professor precisa fazer dois concursos extremamente concorridos).

-Muitos professores com 40h trabalham com mais de vinte turmas (com cerca de 25 alunos em média por turma), sendo que o governo vem pressionando as escolas (por intermédio das Cres) para que sejam realizadas “enturmações”(colocar mais alunos em uma mesma sala e fechar outras turmas) o que já provocou no ano passado o remanejo de muitos professores os quais, para fecharem carga horária, precisam hoje trabalhar em mais de uma escola (duas ou até três).

-Professores(as) estão empobrecendo, com contas acumuladas, pois, o salário atrasado e parcelado faz com que se acumulem juros sobre as contas de cada mês que , também, acabam infelizmente por serem pagas com atraso dada a situação.

-O governo Sartori-PMDB não respeita a lei do piso nacional do magistério.

-O governo Sartori-PMDB ameaça fechar escolas e turmas.

-O governo Sartori-PMDB mente para a população gaúcha : o RS deixa de arrecadar mensalmente mais de 7 bilhões em impostos por conta da sonegação realizada por grandes empresas e bancos (muitas dessas as quais financiaram campanhas dos partidos que estão no governo, por meios lícitos e ilícitos); o governo Sartori concede isenções às grandes empresas que chegam a somar mais de 9 bilhões; o governo diz que não tem dinheiro em caixa , mas, só em 2016 foram detectados dois bilhões no caixa do Estado que o governo não divulga (auditoria realizada pelo Sintergs); o governo gastou só em 2016 mais de 3 milhões em publicidade (sendo a maior parte para a RBS-ZH, empresa que deve milhões em impostos); em 2016 o governo Sartori-PMDB gastou mais de 9 milhões em passagens para cargos de confiança; quando Sartori assumiu o governo assinou o aumento do próprio salário e de deputados e secretários, sendo que contratou sua própria esposa para uma secretaria (recebendo salário como deputada); o RS perde mais de 48 bilhões com a lei Kandir e o governo nada faz para reverter a situação; o governo mente sobre  como estão as contas do Estado e até mesmo o governo federal (que é composto pelos mesmos partidos que controlam o governo no RS) reconheceu a mentira, sendo que os dados oferecidos pelo governo do RS já foram rejeitados pelo tribunal de contas como “não correspondendo à realidade”.

-O projeto dos partidos que estão no governo no RS (PMDB-PP-PSDB-DEM-SOLIDARIEDADE-PRB-PV-PSB-PPS , etc) é o de sabotar os serviços públicos no RS (serviços que servem a maior parte da população, classe trabalhadora) para abrir espaço para a iniciativa privada (empresas que patrocinaram os partidos no poder) explorar esses serviços “abandonados pelo Estado” como se fossem meros “nichos de mercado”, privatizando as estatais que restam (e que ainda geram lucros).

A educação pública é fundamental para o desenvolvimento cultural, humano, político, social, econômico e tecnológico de uma sociedade, se há dinheiro para investir na educação pública por qual motivo tal não é feito? O projeto dos partidos que estão no poder no RS e no governo federal é sabotar os serviços públicos e impedir o desenvolvimento da população trabalhadora, impedir que a classe trabalhadora se torne mais esclarecida e forte; essas forças políticas atuam seguindo interesses de grandes empresas, bancos e grandes latifundiários que sonegam bilhões e que desejam lucrar à custa do sofrimento da maior parte da população!

A educação pública serve aos filhos das famílias da classe trabalhadora e por esse motivo vem sendo tão atacada com frequência por governos que representam os interesses de bancos e grandes empresas sonegadoras que vivem da exploração da força de trabalho e esforço da maior parte da população.

A sociedade precisa compreender o que está por trás de todo este embate e somar forças contra os reais inimigos e sabotadores que estão no poder!


Professor Paulo Vinícius

(Santa Maria-RS/2017) 

sábado, 25 de novembro de 2017

Como operacionalizar o Comando Estadual de greve Aberto do CPERS .

Proposta para operacionalizar o Comando Estadual de Greve Aberto do CPERS

Sindicato.1. Quem participa?
- Os Comandos de greve aberto dos 42 núcleos devem estar conectados ao Comando Estadual, pois nestes comandos estão representados todos que tem disposição para a luta (ou seja, todas as forças, bem como as que já estão representadas no atual comando, os representantes de escolas, a base da categoria), com direito a voz e voto. A participação da base se dará via comando do núcleo ou via presencial na sede do Comando Estadual.
2. Como organizar as reuniões? - Utilizar tecnologias que oportunizem participação em tempo real, semelhante conferência on-line, para todas as sedes dos núcleos (onde as reuniões não serão gravadas, apenas transmitidas). 3. Critérios de segurança: - Não poderá ser usado celulares, tablets e outros equipamentos tecnológicos de acesso a internet, bem como gravações que possam dar acesso a reunião. - Identificar o participante da reunião. - Participa quem é da categoria. 4. Quantidade de falas? - A ser definida pela mesa da reunião, fazendo uma média pelos presentes e respeitando, principalmente, as propostas divergentes. 5. Como se dará encaminhamento de propostas? - Receber e ler todas as propostas, procurar a síntese e o consenso. - Nas propostas com divergência abre-se uma defesa a favor e outra contra colocando em votação. 6. Onde será a sede de transmissão? - A sede de transmissão será em Porto Alegre. - Garantir que integrantes dos Comandos de Greve dos Núcleos possam participar pessoalmente das reuniões do Comando Estadual na sede de transmissão, com direito a voz e voto, bem como o núcleo deverá custear suas despesas. - Na sede de transmissão será permitido a entrada de participantes da categoria através de senhas conforme a capacidade do local, bem como utilizando os critérios de segurança e garantindo a participação dos integrantes dos núcleos do interior e capital.
Construção pela Base MAR - Movimento Autonomia e Revolução

Propostas para a prática do Comando de Greve Aberto no CPERS sindicato.


Propostas para a prática do Comando de Greve Aberto no CPERS (no intuito de democratizar ainda mais o sindicato).


-Garantir que integrantes dos Comandos de Greve dos Núcleos possam participar pessoalmente das reuniões do Comando Estadual, com direito a palavra e voto.
-Os Comandos dos Núcleos devem ser abertos, garantindo participação de independentes (apenas filiados, obviamente, ao CPERS).
-Filmar e transmitir, em tempo real, as reuniões do Comando Estadual para as sedes de Núcleos, garantindo palavra aos integrantes dos Comandos locais que possam interferir nas reuniões do Comando Estadual e que sejam realmente ouvidos com peso de decisão; isso deve ser realizado de forma organizada e apenas para comunicação interna do sindicato entre Comandos. (Cada núcleo sintetiza as falas dos presentes em suas sedes e manda a mensagem para Porto Alegre em tempo real; porém, se algum filiado no núcleo quiser se pronunciar, terá direito a voz, sendo que nos núcleos, em seus comandos, as decisões enviadas para o Comando Estadual devem ser votadas entre seus integrantes).
-Na reunião do Comando Estadual, após os integrantes dos Comandos de Núcleo da capital e do interior entrarem no local, deve ser garantido que professores (as), funcionários(as), aposentados (as), independentes (da base da categoria) filiados ao sindicato , que queiram participar, tenham prioridade e que se liberem senhas para resolver o problema caso ocorra lotação.
-Durante as reuniões dos Comandos em contato com o Comando Estadual, não devem ser permitidos celulares ou outros equipamentos para gravação, apenas o que será usado para a ligação entre comandos.
-A tecnologia será usada exclusivamente para comunicação interna sem a necessidade de gravação da reunião, apenas transmissão.
-Assembleias Gerais de mobilização (ou grandes plenárias com participação de todos os núcleos) em núcleos estratégicos do interior, para pressionar a base eleitoral dos partidos que estão no governo e dos deputados estaduais); garantindo a fala de integrantes dos Comandos de greve locais nesses encontros e dos representantes de escola e base.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017.

Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017.

A GREVE CONTINUA! FORA PMDB E ALIADOS!



Apontamentos sobre a assembleia do CPERS do dia 24/11/2017. A GREVE CONTINUA! FORA PMDB E ALIADOS! -Apesar da maioria das correntes que se pronunciaram no conselho geral (e no próprio comando de greve) terem defendido o final da greve, uma relevante parcela combativa da categoria votou pela continuidade (repetindo o resultado da assembleia do dia 10 passado, a qual foi menor , pois, marcada “às pressas” e em dia que deveria ter sido dedicado para uma paralisação nacional); tal demonstra que não são correntes “x” ou “y” que “conduziram” sozinhas o resultado, mas, sim que há um número significativo de professores(as) e funcionários(as) determinados a enfrentarem sim o governo. -O número de pessoas em assembleia foi maior do que o da assembleia do dia 10 e semelhante a assembleias anteriores que aconteceram no mesmo local e que deflagraram greves. -Novamente lideranças de correntes da direção e da “suposta oposição” liberaram dados “equivocados” (no intuito de desanimarem a categoria e convencerem o público presente de que a greve deveria acabar) diante das câmeras da RBS e outras emissoras de televisão e rádio; informações que certamente serão novamente usadas pelos inimigos da categoria contra nossa mobilização. -A assembleia deveria ser aberta apenas para sócios e observadores convidados e jamais para integrantes de parte da imprensa que constantemente nos atacam. Se a mídia deseja falar sobre as assembleias da categoria que espere do lado de fora o resultado final e um pronunciamento oficial do sindicato ou do comando de greve. -Apenas integrantes de correntes tiveram tempo de fala e não foram abertas inscrições para a base da categoria, isso foi uma escolha autoritária por parte da Direção e do Comando de greve. -Propostas do conselho geral soaram como deboche ou no mínimo incoerentes, pois, defendiam “finalizar a greve, mas, manter a luta”, “levar trinta mil pessoas para um ato dia x, na capital” (sendo que desejavam o final da greve e não se esforçaram para tal durante o processo de mobilização) “acampar na praça na frente da assembleia legislativa” (como fazer isso se a greve tivesse acabado?). -Se metade do esforço gasto por lideranças que atuam na capital (e estão no comando de greve) fosse dirigido para fortalecer a mobilização para a greve e não para tentar sabotá-la, certamente hoje teríamos uma greve ainda mais forte. -Motivos para manter a greve existem de sobra (salários congelados até o fim de 2018, salários atrasados e parcelados a quase dois anos, ameaça do “ajuste fiscal” que pode congelar os salários de todo funcionalismo até 2020 e privatizar estatais que restam, categoria empobrecendo, escolas sucateadas, ameaças ao IPE, ameaças de fechamento de turmas e escolas...), agora cabe a todos, ainda engajados neste processo, e principalmente aos comandos regionais e estadual, fazerem o possível para realizarem os pontos da pauta de mobilização aprovados em assembleia e fortalecer a greve. -A abertura do comando de greve para a base da categoria, com a aprovação de uma proposta defendida ao final da assembleia, foi um grande avanço, algo extremamente positivo para o fortalecimento da participação da base da categoria nos rumos que o sindicato deve tomar, podendo realmente (se a proposta for respeitada e considerada com atenção) democratizar mais o CPERS, enfraquecendo negativas hierarquias de poder. -É possível facilitar a participação da base no interior nas decisões do “comando estadual de greve”, se as reuniões do comando forem filmadas e transmitidas “em tempo real” para as sedes de núcleos onde se reúnem os respectivos “comandos regionais” abertos para representantes de escola e base poderem mandar sugestões e votarem em propostas “on line” durante essas reuniões (jamais abrir isso para o público em geral na internet - como foi feito na assembleia do dia 10- mas, usar as tecnologias que temos acesso hoje, para realizar com segurança a comunicação interna); algo fácil de ser realizado com um pouco de dedicação e organização). -A realização de assembleias gerais de mobilização (ou grandes plenárias envolvendo todos os núcleos) em núcleos estratégicos do interior, é algo fundamental para fortalecer a greve em outras regiões do Estado e mexer com as bases eleitorais dos partidos que estão no governo e de deputados estaduais. -O óbvio precisa ser repetido para a sociedade: o governo Sartori-PMDB mente, parcela e congela salários por “pura maldade”, seguindo um projeto de destruição dos serviços públicos ( com apoio de parte da mídia privada de massa e sob orientação de grandes empresas sonegadoras). Se estudantes estão perdendo aulas a culpa é do governo que nada faz para cobrar as empresas que sonegam e ainda libera isenções bilionárias, insistindo em atacar os trabalhadores em educação e demais funcionários públicos, prejudicando serviços essenciais para a população do RS! -Não podemos deixar que lideranças de correntes que desejam frear a luta, ou colegas que não compreenderam a gravidade da situação a qual estamos presenciando no RS e Brasil, puxem a mobilização da categoria para baixo; é preciso sempre tomar como referência a parcela mais combativa da categoria que mantém o embate contra o governo. -Importante sempre lembrar que a luta pela educação pública é fundamental na luta dos(as) trabalhadores(as). Professor Paulo Vinícius Santa Maria-RS (no 2° Núcleo do CPERS) M.A.R. (www.mardaliberdade.blogspot.com)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Lutar pela Educação pública no RS.



Mais uma vez a educação pública (que atende filhos e filhas de famílias de trabalhadores) sofre ataques por parte de um governo que apenas representa interesses de grandes empresas as quais visam abocanhar (como “oportunidades” de mercado) o que o Estado, aos poucos, abandonar, após a sabotagem dos “fantoches políticos” que essas mesmas empresas financiaram.
Para os partidos que estão no controle do governo do RS hoje, a educação pública é apenas mais uma pedra no caminho de um projeto Liberal Econômico e de implantação de um “Estado mínimo” forçado; para convencerem a população, de que tal infame projeto tem justificativa em uma “suposta crise”, recebem o auxílio dedicado de uma “mídia privada de massa” bancada com o próprio dinheiro público.


A realidade nas escolas:
Professores(as) trabalham muitas vezes em mais de uma escola, três turnos, com mais de vinte turmas em escolas com problemas estruturais, salas de aula muitas vezes lotadas (consequência de “enturmações” exigidas pelas coordenadorias de educação) recebendo salários indignos, parcelados, congelados até o fim da gestão Sartori (ao fim de 2018).
As escolas sofrem com carência de funcionários (as), pois, o atual governo não abre concursos públicos para repor quadros de funcionários (as) e professores (as).
O governo ameaça fechar turmas (obrigando escolas a realizarem “enturmações forçadas”), acabar com turnos e escolas, com a justificativa de “economia” enquanto libera isenções para grandes empresas, gasta dinheiro público em propaganda e nada faz para combater a sonegação de grandes empresas.

Ninguém sobrevive dignamente com pouco dinheiro em uma injusta sociedade capitalista, desejamos apenas nossos salários em dia e de acordo com a lei (sendo que a lei do piso nacional do magistério, também, não é respeitada no RS!).


Os serviços públicos são vitais para a qualidade de vida da classe trabalhadora e por eles precisamos resistir e lutar!


Não vamos pagar o preço das mentiras de um governo financiado por grandes empresas sonegadoras e outras que ainda recebem isenção e regalias do Estado!
-O governo Sartori (PMDB-PSDB-PSB-PV-PP-Solidariedade-PPS…) mente para o povo gaúcho. O governo esconde recursos: auditoria do Sintergs afirma que o governo escondia mais de 2 bilhões em caixa em 2016; o governo gastou mais de 3 milhões em propaganda e a maior parte foi para RBS-ZH (que deve milhões em impostos); o governo gastou mais de 9 milhões em passagens para cargos de confiança viajarem dentro e fora do RS em 2016; logo que assumiu o mandato Sartori assinou o aumento do próprio salário, de deputados e secretários de governo, sendo que contratou sua esposa para uma secretaria recebendo salário como deputada, enquanto doa recursos públicos para empresas privadas e grandes latifundiários, mantém isenções e não faz nada para punir as empresas que sonegam.

-No RS o governo não cumpre a lei do piso nacional do magistério, demonstrando total falta de interesse em melhorar a educação pública, além de desrespeito descarado com a legislação . O governo Sartori-PMDB, também, congelou salários até o fim de 2018 (quando finalmente acaba o mandato de Sartori) , parcela salários e o décimo terceiro e paga os salários com atraso, sem falar no aumento de impostos no Estado o que tornou produtos como a gasolina mais caros do que no resto do Brasil onde o PMDB-PSDB-PP-DEM e aliados, no comando do governo federal, estão, também, destruindo o país, cortando direitos trabalhistas, entregando as riquezas nacionais para grandes corporações estrangeiras, ameaçando até mesmo a Amazônia e afetando negativamente a vida dos trabalhadores!
Categorias do funcionalismo público e estudantes precisam unir forças em uma grande mobilização, na luta contra os ataques desse governo do PMDB que pretende destruir os serviços públicos (que atendem as famílias da classe trabalhadora) nesse Estado!

FORA SARTORI, FORA PMDB E ALIADOS!




(Movimento Autonomia e Revolução) 


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Contra a absurda intenção do governo Sartori-PMDB de abrir as escolas públicas do RS para propaganda e doutrinação militar.

Apesar de todo pessimismo realista diante do que acontece no Brasil, apesar de observarmos a Direita se deleitar no controle do Estado e usar essa arma de forma covarde contra a classe trabalhadora e a juventude, notamos que ainda há possibilidades de resistência e que os velhacos ainda temem alguns espaços onde a autonomia e o pensamento livre podem surgir e se fortalecerem pela interação coletiva, mesmo no meio de todas as dificuldades e empecilhos impostos por governos e pelo Mercado. Um exemplo disso são as escolas públicas onde, mesmo com toda a burocracia estúpida e governos atrapalhando o trabalho de professores(as), ainda há resquícios de liberdade e a possibilidade de pensamento crítico, algo que vem sofrendo ameaças constantes.
Se o trabalho de professores(as) em escolas públicas não fosse uma real ameaça ao sistema, certamente governos e empresas não se preocupariam tanto em atacar esses trabalhadores e fazer o possível para prejudicar o bom funcionamento de escolas, cortando recursos e pagando baixos salários aos trabalhadores em educação.
Podemos sim reconhecer, como já dizia um famoso filósofo francês, que muitas vezes as escolas são pensadas para servirem como braços “disciplinadores do Estado” e para moldarem o comportamento de jovens preparando-os para serem encaixados no padrão exigido pela sociedade, e isso é, também, infelizmente verdade, mas, sempre houve e ainda há exceções, resistências e experiências relevantes de autonomia nesses espaços que são lugares de interação intensa entre pessoas.
Como quem controla o Estado não pode monitorar o interior de salas de aula e censurar o tempo todo professores(as), os espertos “administradores dos interesses da classe burguesa” pensaram formas mais criativas de facilitar o controle e repressão; um exemplo disso são as ridículas e risíveis propostas defendidas por representantes ou simpatizantes (entre os quais parlamentares como o “fascistinha” Marcel Van Hattem, do PP-antiga ARENA-no RS) do lamentável movimento “Escola sem partido” o qual tenta, através da apelativa propaganda ideológica, convencer e colocar estudantes contra professores(as) com discursos ultra-conservadores que lembram uma fase deprimente da história do Brasil.
No RS, além de todos os ataques de um governo formado por uma coalizão de partidos de Direita e Centro (PMDB-PSDB-PP-PSB-PPS-Solidariedade-PV…- com apoio da RBS) que vem parcelando salários do funcionalismo público, congelando salários, descumprindo o que a legislação exige (o piso do magistério jamais foi respeitado "por essas bandas") ao mesmo tempo em que libera isenções para grandes empresas, benefícios para ruralistas e empresas e nada faz para cobrar os grandes sonegadores (RBS-ZH, milhões em impostos devidos aos cofres públicos) ainda pretende agora ressuscitar iniciativas retrógradas da época da Ditadura Militar e aplicá-las nas escolas públicas dessa unidade da federação: o incompetente governo Sartori deseja agora colocar o exército dentro das escolas para ministrar palestras sobre “moral e civismo” e certamente, também, tentar doutrinar estudantes e amedrontar educadores. Iniciativa absurda a qual precisa ser repudiada com energia!
Forças armadas são, no máximo, um “mal necessário” em um mundo dividido em fronteiras, entre países os quais, por culpa da forma como se organizam (e o capitalismo predominante é um dos fatores), poderiam e podem vir a se atacarem mutuamente ou invadirem terras dos indefesos, o que, na verdade, muitas vezes acontece mesmo sem guerra (o que é facilitado pela disseminação do mercado capitalista globalizado e de ideologias liberais no campo econômico, exemplo disso é o próprio Brasil, subjugado de forma vergonhosa, aos interesses dos EUA e mega empresas de outras nações).
Exército tem a ver com hierarquia, obediência, belicismo e jamais com educação (pelo menos quando se pensa uma educação para a autonomia racional, liberdade, igualdade e não submissão, nessa perspectiva não há espaço para militarismo ou “falso patriotismo” forçado)!
Quando alguns conservadores, de superficiais opiniões, defendem a necessidade de ensinar “valores morais” aos jovens e tomam como referência de “moralidade” o militarismo ou ainda “a religião”(a religião que cultuam, obviamente), demonstram apenas que jamais pensaram seriamente sobre o assunto, que nada sabem sobre Ética (Filosofia Moral) e que os valores que cultivam são os mais cretinos que se possa imaginar, não é atoa que demonstram intolerância agressiva contra a diversidade e pluralidade de visões de mundo e ao mesmo tempo nutrem simpatia pela disciplina punitiva e hierarquias de poder, resignados com as coisas “como estão”, como se nada devesse ser questionado e como se naturais fossem a desigualdade e a exploração.
Professores (as) é que deveriam visitar os quartéis para levarem conhecimento e incitarem reflexão e não o exército nas escolas em um espaço onde não faz o menor sentido sua presença! Da mesma forma colocar o exército nas ruas, como vem acontecendo no RJ, com a desculpa de conter a violência gerada pelas mazelas do próprio sistema falido, demonstra, na “melhor das hipóteses”, apenas uma tentativa ineficiente de controlar a criminalidade (que desconsidera questões e conhecimentos sociológicos básicos), isso se não for mais uma forma de gerar medo na população para evitar manifestações contra um governo corrupto como é o caso do atual governo federal (Temer: PMDB-PSDB-PP-PSC-PV,DEM, etc, apoiado pela mídia privada de massa) e do próprio governo do Estado do RJ (controlado, também, pelo PMDB).
Se há dificuldades nas escolas, isso é consequência de um modelo ruim de organização da sociedade e do descaso de fantoches políticos que controlam o Estado apenas para o interesse da classe dominante. Não é levando um modelo de repressão e manutenção de hierarquia para o interior das escolas que vamos resolver as mazelas da sociedade, não é transformando escolas em “fábricas de padronização de mentes obedientes” que vamos melhorar a situação de uma população castigada pela ganância dos poucos que vivem no luxo gerado pela exploração do trabalho da maioria, mas, é claro que a intenção do governo não é nada positiva e não seríamos ingênuos em esperar outra coisa de partidos que no poder sempre atacam os trabalhadores e sabotam a própria sociedade.
Manteremos aqui, também, a resistência, insistindo em buscar a criação de espaços para autonomia e pensar crítico (não apenas nas escolas, mas, em todo campo possível de ação), repudiando qualquer passo em direção ao retrocesso e controle repressor.


Paulo Vinícius
(Professor de Filosofia e Sociologia; Licenciado em Filosofia Licenciatura Plena; Bacharel em Ciências Sociais; Especialista em Pensamento Político).

domingo, 23 de julho de 2017

Manter atitudes e espaços de liberdade em meio a uma sociedade torturada pela ânsia de controle e exploração. (Contra a presença do exército nas escolas públicas do RS) .


Diariamente se desfaz um pedaço do disfarce “democrático”, máscara de ilusão, que encobre a face degradante de um sistema baseado na injusta e infame hierarquia de poder (enraizada na exploração). No Brasil essa máscara está em farrapos.
Sobrevivemos em um modelo doentio de sociedade onde multidões são hipnotizadas por ideologias que alimentam a estupidez, o egoísmo exacerbado, a falta de interesse pela busca de conhecimento; ideologias que protegem os interesses da classe dominante ao mesmo tempo em que propagam valores úteis para manter a situação “da forma como está”.
Brasil é um lugar privilegiado por riquezas naturais, fontes abundantes de matéria-prima, sugadas constantemente pela cobiça de parasitas que controlam o globo e apostam no jogo político institucional, enquanto isso, para a imensa população do país, sobram as migalhas e a triste sina de ser, há tempos, multidão iludida, dividida, incitada a lutar contra si mesma. Trabalhadores que conseguem empregos onde os salários ultrapassam um pouco a média, olham com desdém para os demais de sua própria classe, seguindo os preconceitos e toda a imbecilidade que a grande “mídia privada de massa” espalha intensamente, vinte e quatro horas por dia.
A cultura gerada pelo modo de produção capitalista (e que ao mesmo tempo o mantém vivo), alimentando a competição, contaminando todos os campos da vida humana e a natureza, transformando tudo em potencial mercadoria, adoece intelectos mais aguçados que não conseguem se adaptar ou encontrar sentido nessa prisão simbólica a qual transforma pessoas em peças de uma máquina que serve apenas aos senhores da cobiça.
A distância entre os muito ricos e a maioria da população no Brasil é abissal; enquanto trabalhadores seguem rotinas estafantes, acordando cedo demais em dias frios, gastando energia muitas vezes em trabalhos entediantes, preocupados se vão conseguir sair do vermelho no banco ou garantir o almoço de amanhã, pagar todas as contas; de outro lado uma elite minoritária vive na opulência que lhe garante “locomover-se no ar” sem dificuldades, não precisando se prender apenas aos limites das fronteiras desse subdesenvolvido território.
Não há real liberdade para a maioria da população nesse sistema maldito! Sobrevive a maioria como rebanho acorrentado, pastando capim ralo, ao lado de idílico paraíso cercado o qual só podem ver do outro lado da cerca.
Mantemos a esperança de que o conhecimento, a arte, a ciência, o pensamento filosófico, possam quebrar as correntes que amarram as mentes de milhões, mas, quando a revolta (consequência do pensar) se manifesta, é muitas vezes reprimida violentamente nas ruas. A liberdade de expressão é ainda tolerada enquanto não representar ameaça aos parasitas no topo da pirâmide. Mas, as ideias podem se espalhar no vento, como sementes que um dia germinarão!
Ainda podemos falar, escrever, criar, e isso não pode ser totalmente controlado pelo sistema, para tal, então, os parasitas propagam o lixo da indústria cultural com muita dedicação, poluindo todos os espaços, gerando uma competição desleal diante da qual o pensamento honesto e sincero, tal como uma planta diante de uma erva daninha, se vê em dificuldades de aflorar ou reproduzir-se gerando novas formas de compreensão da realidade, desvinculadas da podridão mercadológica.
Apesar de todo pessimismo realista diante do que acontece no Brasil, apesar de observarmos a Direita se deleitar no controle do Estado e usar essa arma de forma covarde contra a classe trabalhadora e a juventude, notamos que ainda há possibilidades de resistência e que os velhacos ainda temem alguns espaços onde a autonomia e o pensamento livre podem surgir e se fortalecerem pela interação coletiva, mesmo no meio de todas as dificuldades e empecilhos impostos por governos e pelo Mercado. Um exemplo disso são as escolas públicas onde, mesmo com toda a burocracia estúpida e governos atrapalhando o trabalho de professores(as), ainda há resquícios de liberdade e a possibilidade de pensamento crítico, algo que vem sofrendo ameaças constantes.
Se o trabalho de professores(as) em escolas públicas não fosse uma real ameaça ao sistema, certamente governos e empresas não se preocupariam tanto em atacar esses trabalhadores e fazer o possível para prejudicar o bom funcionamento de escolas, cortando recursos e pagando baixos salários aos trabalhadores em educação.
Podemos sim reconhecer, como já dizia um famoso filósofo francês, que muitas vezes as escolas são pensadas para servirem como braços “disciplinadores do Estado” e para moldarem o comportamento de jovens preparando-os para serem encaixados no padrão exigido pela sociedade, e isso é, também, infelizmente verdade, mas, sempre houve e ainda há exceções, resistências e experiências relevantes de autonomia nesses espaços que são lugares de interação intensa entre pessoas.
Como quem controla o Estado não pode monitorar o interior de salas de aula e censurar o tempo todo professores(as), os espertos “administradores dos interesses da classe burguesa” pensaram formas mais criativas de facilitar o controle e repressão; um exemplo disso são as ridículas e risíveis propostas defendidas por representantes ou simpatizantes (entre os quais parlamentares como o “fascistinha” Marcel Van Hattem, do PP-antiga ARENA-no RS) do lamentável movimento “Escola sem partido” o qual tenta, através da apelativa propaganda ideológica, convencer e colocar estudantes contra professores(as) com discursos ultra-conservadores que lembram uma fase deprimente da história do Brasil.
No RS, além de todos os ataques de um governo formado por uma coalizão de partidos de Direita e Centro (PMDB-PSDB-PP-PSB-PPS-Solidariedade-PV…- com apoio da RBS) que vem parcelando salários do funcionalismo público, congelando salários, descumprindo o que a legislação exige (o piso do magistério jamais foi respeitado "por essas bandas") ao mesmo tempo em que libera isenções para grandes empresas, benefícios para ruralistas e empresas e nada faz para cobrar os grandes sonegadores (RBS-ZH, milhões em impostos devidos aos cofres públicos) ainda pretende agora ressuscitar iniciativas retrógradas da época da Ditadura Militar e aplicá-las nas escolas públicas dessa unidade da federação: o incompetente governo Sartori deseja agora colocar o exército dentro das escolas para ministrar palestras sobre “moral e civismo” e certamente, também, tentar doutrinar estudantes e amedrontar educadores. Iniciativa absurda a qual precisa ser repudiada com energia!
Forças armadas são, no máximo, um “mal necessário” em um mundo dividido em fronteiras, entre países os quais, por culpa da forma como se organizam (e o capitalismo predominante é um dos fatores), poderiam e podem vir a se atacarem mutuamente ou invadirem terras dos indefesos, o que, na verdade, muitas vezes acontece mesmo sem guerra (o que é facilitado pela disseminação do mercado capitalista globalizado e de ideologias liberais no campo econômico, exemplo disso é o próprio Brasil, subjugado de forma vergonhosa, aos interesses dos EUA e mega empresas de outras nações).
Exército tem a ver com hierarquia, obediência, belicismo e jamais com educação (pelo menos quando se pensa uma educação para a autonomia racional, liberdade, igualdade e não submissão, nessa perspectiva não há espaço para militarismo ou “falso patriotismo” forçado)!
Quando alguns conservadores, de superficiais opiniões, defendem a necessidade de ensinar “valores morais” aos jovens e tomam como referência de “moralidade” o militarismo ou ainda “a religião”(a religião que cultuam, obviamente), demonstram apenas que jamais pensaram seriamente sobre o assunto, que nada sabem sobre Ética (Filosofia Moral) e que os valores que cultivam são os mais cretinos que se possa imaginar, não é atoa que demonstram intolerância agressiva contra a diversidade e pluralidade de visões de mundo e ao mesmo tempo nutrem simpatia pela disciplina punitiva e hierarquias de poder, resignados com as coisas “como estão”, como se nada devesse ser questionado e como se naturais fossem a desigualdade e a exploração.
Professores (as) é que deveriam visitar os quartéis para levarem conhecimento e incitarem reflexão e não o exército nas escolas em um espaço onde não faz o menor sentido sua presença! Da mesma forma colocar o exército nas ruas, como vem acontecendo no RJ, com a desculpa de conter a violência gerada pelas mazelas do próprio sistema falido, demonstra, na “melhor das hipóteses”, apenas uma tentativa ineficiente de controlar a criminalidade (que desconsidera questões e conhecimentos sociológicos básicos), isso se não for mais uma forma de gerar medo na população para evitar manifestações contra um governo corrupto como é o caso do atual governo federal (Temer: PMDB-PSDB-PP-PSC-PV,DEM, etc, apoiado pela mídia privada de massa) e do próprio governo do Estado do RJ (controlado, também, pelo PMDB).
Se há dificuldades nas escolas, isso é consequência de um modelo ruim de organização da sociedade e do descaso de fantoches políticos que controlam o Estado apenas para o interesse da classe dominante. Não é levando um modelo de repressão e manutenção de hierarquia para o interior das escolas que vamos resolver as mazelas da sociedade, não é transformando escolas em “fábricas de padronização de mentes obedientes” que vamos melhorar a situação de uma população castigada pela ganância dos poucos que vivem no luxo gerado pela exploração do trabalho da maioria, mas, é claro que a intenção do governo não é nada positiva e não seríamos ingênuos em esperar outra coisa de partidos que no poder sempre atacam os trabalhadores e sabotam a própria sociedade.
Manteremos aqui, também, a resistência, insistindo em buscar a criação de espaços para autonomia e pensar crítico (não apenas nas escolas, mas, em todo campo possível de ação), repudiando qualquer passo em direção ao retrocesso e controle repressor.


Paulo Vinícius
(Professor de Filosofia e Sociologia; Licenciado em Filosofia Licenciatura Plena; Bacharel em Ciências Sociais; Especialista em Pensamento Político).