segunda-feira, 7 de março de 2016

Em busca de uma alternativa.





Não devemos defender governos, mas, tentarmos construir uma alternativa, realmente de Esquerda, ao projeto petista e lutar contra o avanço da Direita no Brasil, porém, tendo a consciência clara de que, se o Centro for derrubado do governo, agora, provavelmente, coisa pior irá assumir o poder nesse país e os ataques contra a classe trabalhadora serão mais graves do que já são, pois, a alternativa que temos que construir ainda, infelizmente, não foi efetivada em sua plenitude. Infelizmente não temos forças suficientes no momento para sobrepujarmos a "Direita declarada" em uma possível queda do projeto petista de poder, em uma situação de avanço da Direita sobre o espaço que pode ser deixado pelo Decadente Centro. Temos que ser realistas. Ajudar os planos da Direita é suicídio político, "um tiro no pé".
É preciso ter ciência de que o atual governo é um governo com características centristas, onde partidos de Centro (que já tiveram uma história dentro da Esquerda socialista que disputava espaço na arena institucional nos anos 80, falo do PT e PC do B, mas, que da Esquerda se distanciaram) , estão aliados a partidos hoje declaradamente de Direita, tais como o PMDB e PP, que defendem pautas conservadoras e liberais). PMDB e PP que aos poucos abandonam o barco.
Há também uma Direita fora do governo, mas, que deseja assumir novamente o poder e que possui o apoio da grande mídia burguesa , de algumas grandes empresas e até de forças estrangeiras que não se sentem beneficiadas pelo atual governo. Dentro do próprio governo temos partidos que fazem um jogo duplo; os já citados PMDB e PP,  ao mesmo tempo que apoiam e estão no governo, muitos de seus deputados e senadores fazem, também, oposição e alianças com a oposição.
O melhor a fazer, por enquanto, é pensarmos urgentemente o projeto de alternativa a esse jogo sujo das atuais elites que disputam o controle do Estado e manipulam a opinião pública no Brasil; temos que observar e traçar estratégias, dialogar com aqueles que estão próximos ao que defendemos (uma sociedade realmente socialista, democrática e igualitária, voltada aos interesses da classe trabalhadora e propícia para o florescimento livre da criatividade artística, filosófica, da produção científica e tecnológica, em harmonia com as condições oferecidas pela natureza, com liberdade real, distante da exploração desumana que hoje é a base do mercado capitalista globalizado; esse é um grande projeto, que soa como utópico, mas, temos que, pelo menos, tentarmos nos aproximar da realização dessas ideias), precisamos somar forças, agir dentro de sindicatos e movimentos sociais, enfrentando o governismo e as ideologias propagadas pela classe burguesa, mobilizando a classe trabalhadora e espalhando informações , teoria e propostas de ação, atacando com força o lado que aparentemente é o pior nesse jogo, o qual parece ser, sem muitas dúvidas, o lado da "Direita que está fora do governo" e que deseja novamente o controle total do Estado, sem , no entanto, esquecermos, também, de denunciar os ataques contra os trabalhadores por parte do atual governo.

Paulo Vinícius.
(professor de Filosofia e Sociologia)

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