sábado, 7 de novembro de 2020

Teatro da Democracia Liberal Representativa da “Silva Sauro” e as eleições nos EUA.

Trump é (pois ainda não saiu da Casa Branca ) uma piada na presidência da maior potência capitalista e bélica, mas conseguiu chegar a tal posto de "fantoche máximo", pois representava (representa) interesses de parte da burguesia estadunidense, preocupada com os avanços chineses.

Na legitimação duvidosa das urnas nos EUA, Trump (e os "conservadores" que o seguiam), apostou (seguindo orientações do ideólogo Steve Bannon, patrocinado por famílias de uma ala da burguesia estadunidense) na reação de parte da população contra os exageros pseudo-progressistas da falsa “Esquerda Liberal” (insuflada pelos Democratas) e quem os patrocina; o que deu certo uma vez, agora "não rolou".


Com o “Democrata” Biden, volta a estratégia da "maquiagem no sistema", falsa diplomacia, discurso para agradar militância e passar seriedade "democrática", quando, na verdade, o que de fato ocorrerá é a volta da expansão imperialista estadunidense. 

Para os EUA poderá ser positivo a volta dos Democratas neste momento (no entanto, para voltarem aos eixos terão que continuar com o protecionismo “trumpista”, evitar medidas liberais na economia, investir pesado em mais tecnologia para competir com as indústrias chinesas e explorar países subdesenvolvidos como sempre fazem) , pois estavam em decadência. Mas para o mundo provavelmente não será bom, com exceção do Brasil onde o desprezível Bolsonaro vai sentir o baque, já que ficará, em um primeiro momento, sem a tutoria dos conservadores estadunidenses representados por Trump, portanto isso poderá enfraquecer o canalha na presidência do Brasil e nos dar algum alívio momentâneo (caso ele não reaja de forma desesperada e violenta) .


Há, de um certo ponto de vista, uma satisfação pela derrota de Trump. É simbólico a derrota de um sujeito que representa tanta estupidez, um cara realmente escroto, o “Bolsonaro dos EUA”, mas há um outro lado dessa história que é o que pode vir por aí...


Parte da militância de Esquerda festeja sem crítica, tal como festejaram Obama ( o do governo que espionou Dilma, bombardeou a Líbia, patrocinou a primavera árabe e guerra na Síria, aquele do governo denunciado por Snowden) , pois esses expectadores se impressionam com qualquer coisa aparentemente impactante que acontece no palco propagado pela mídia privada de massa. Alguns, na verdade, deveriam assumir que defendem valores “liberais”, pois, de "socialismo" pouco falam, simplesmente aceitam o teatro da “democracia liberal representativa” sem analisar criticamente a situação. No Brasil se iludem com fantoches de partidos de Centro Esquerda que estão inseridos no sistema e boa parte dessa militância só repete a ideologia da Esquerda Liberal dos EUA (sim jovem, existe "Esquerda Liberal", aliás os liberais foram a "primeira Esquerda da história" nos primórdios da Revolução Francesa), a tal "cultura do cancelamento" e linchamento virtual, a "lacração", movidos pelas ondas incitadas estrategicamente nas redes sociais (pelas forças "ocultas" como dizia Getúlio).


Todo governo ( em sociedades capitalistas, em especial) representa os interesses de quem controla o capital e detém a propriedade privada dos meios de produção, controla as armas, a mídia, a religião e manipula as mentes das pessoas via tecnologia de comunicação e similares...

 

O Estado é conduzido por fantoches patrocinados por mega empresas privadas, e seu poder repressivo sempre será usado contra os interesses da classe trabalhadora e de quem desejar liberdade, independente de qual for a cor da bandeira no topo, e isso precisa ser lembrado diariamente.


Prof. Paulo Vinícius.



 

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