Trabalho escravo.
Definição: Quando a pessoa é
forçada ao trabalho contra sua vontade ou quando se encontra “presa” a uma
relação de exploração (de sua força de trabalho) por contrair dívidas forçadas
com quem a explora (em um trabalho “não pago” ou com valor abaixo do que a
pessoa precisa para sua adequada subsistência).
"Trabalho escravo" no magistério estadual do RS.
O governo do RS, ainda neste mês
(dia 08 de agosto de 2019), não pagou professores(as), vem repetindo isso há
meses e, na verdade, isso ocorre desde o governo anterior (Sartori-MDB-PSDB-PP-PSB e companhia).
No RS professores(as) e
funcionários(as) de escolas estão com salários atrasados e defasados há anos, e
não recebem de acordo com o “piso salarial do magistério” como a lei determina. A maioria dos professores recebem menos de 2.700 reais (para 40 h , 32 períodos de aulas semanais) e muitos com 20h recebem menos de 1300 reais, sendo que, como já mencionado, o salário (defasado) não é pago corretamente em dia; o empobrecimento da categoria é explícito.
O governo mente para a população
(com apoio da mídia privada, RBS e similares) de que o Estado do RS não tem recursos
para pagar seus funcionários públicos, mas, ao mesmo tempo desperdiça dinheiro
solicitado de bancos estrangeiros, não cobra grandes empresas sonegadoras de
impostos (incluindo a RBS) e ainda libera isenções para empresas “amigas” e
grandes latifundiários.
Recentemente o governo forçou a aprovação da privatização de estatais gaúchas que geravam lucro, uma fonte de renda perdida para contentar empresas privadas interessadas nesses “nichos de mercado”.
Recentemente o governo forçou a aprovação da privatização de estatais gaúchas que geravam lucro, uma fonte de renda perdida para contentar empresas privadas interessadas nesses “nichos de mercado”.
Professores(as) são obrigados a
solicitar antecipação do próprio salário no Banrisul (banco controlado pelo
governo estadual) como um empréstimo.
Muitos professores precisam
retirar frequentemente empréstimos consignados para saldarem dívidas com o
Banrisul ou garantirem pagamento de contas de água, luz, alimentos, combustível,
etc.
Se o professor(a) está “no
vermelho” (no negativo) no Banrisul ele(a) não consegue antecipar seu salário
via internet e precisa ir até o banco , em uma situação humilhante e
constrangedora, para solicitar antecipação de seu próprio salário!
Enquanto o governo estadual não
paga o salário devido, o Banrisul vai corroendo em juros o que resta na conta
do professor(a) ou aprofundando o saldo negativo , pois, continua cobrando a “dívida”
mesmo sabendo que o governo estadual não está pagando salários!
Isso é "trabalho escravo"!
Professores(as) estão presos em
uma situação de exploração vergonhosa e com dívidas que são intencionalmente
planejadas pelo governo estadual (Eduardo Leite-PSDB-MDB-PP e companhia) o qual,
de forma totalmente desrespeitosa para com os funcionários públicos (que estão
com salários atrasados), nomeou recentemente uma nova diretoria para o Banrisul
com salários “astronômicos” ( o presidente do Banrisul recebe agora 89 mil
reais).
Banrisul vem obtendo lucros com o sofrimento dos funcionários públicos (em especial professores(as) e funcionários(as) de escolas) .
Resta-nos a desobediência civil, já que o poder judiciário
(com salários altíssimos, juízes e promotores com quase trinta mil reais, salários em dia e auxílios de 4 mil até para moradia e
900 reais para alimentação) não demonstra a mínima vontade de fazer
a lei ser respeitada.
A democracia é pisada diariamente
no Brasil !
Professor (a), não trabalhe sem
salário! Não colabore para sua própria humilhação e a degradação dessa
importante profissão!
Há em andamento um projeto de
destruição da intelectualidade no Brasil e sabotagem contra os serviços
públicos que atendem à classe trabalhadora, estão atacando em especial a
educação pública e no RS isso é algo bem claro (aqui o governo paga os piores
salários, de todo o Brasil, para os
professores(as) ).
Não baixe sua cabeça para esses
canalhas que estão no poder, você é um(a) professor(a) e a sociedade precisa de
seu exemplo!
Paulo Vinícius
(Professor de Filosofia e Sociologia em escola pública).
Importante manifesto, compartilho! Vamos nos mobilizar para um enfrentamento a esse desmonte - projeto de destruição da educação e do estado!
ResponderExcluirExatamente. Escreveu tudo o que vivenciamos.
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