quinta-feira, 28 de junho de 2012

Abate



Cordeiro de deus
Vazia existência, lentamente, tomando rumo nenhum
Vagando entre caminhos estreitos
Em direção ao incerto salão da dúvida
E segue...na sua vistosa condição
Inerte! O pecador indulgente, o homem de fé
Um cordeiro de deus, um aborto
Eleva os braços grato pelo profundo abismo que se tornou
E segue...cego, surdo, mudo e agradecido
Simplório, contempla o céu e procura por deus
Tolo não vê que ele está na TV
O governador supremo está em toda parte
Na graça, desgraça
No gatilho da arma, em ponta de faca
No dinheiro, na esquina, na igreja, na lama e na água!
Na pútrida água servida aos devotos de nosso senhor
Que mata a sede da calúnia
Água fria que farta e infarta o rebanho de decadentes

Jarina - Phytelephas Macrocarpa

ruivacosmica.blogspot.com

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